REFINARIAS DE PETRÓLEO CHINESAS ESPERAM FALÊNCIA

Nos próximos dez anos, até 10% da capacidade de refinação de petróleo da China irá à falência e fechará. Esta previsão é reportada no material analítico da Reuters.

A razão da redução da capacidade será o pico mais rápido da procura de combustível no país do que o anteriormente esperado, bem como o endurecimento das sanções por parte dos Estados Unidos e o encerramento do acesso ao petróleo barato do Irão e da Rússia.

Falemos primeiro das antigas e ineficientes refinarias de petróleo independentes (RO), que se mantêm no mercado a produzir petróleo “cinzento” e não temem as pressões políticas estrangeiras. Há muito que as autoridades chinesas têm a opção de os fechar, mas então dezenas de milhares de pessoas perderão os seus empregos.

As importações de petróleo da China caíram 1,9% em 2024, o primeiro declínio em duas décadas excluindo a Covid-19. A Wood Mackenzie estima que em 2024, as refinarias chinesas estarão a operar com apenas 75,5% da capacidade total.

No entanto, se falarmos de “samovares”, como são designadas as pequenas refinarias, a sua utilização foi de apenas 54%. Pequim está gradualmente a mudar as suas exigências para eles, incluindo processá-los por evasão fiscal e retirá-los das quotas de petróleo bruto.

Os especialistas esperam que as fábricas com terrenos para expansão, infraestruturas como oleodutos e integração com a produção química consigam sobreviver durante mais tempo, mas outras terão dificuldade em manter a rentabilidade.

Anteriormente, foi noticiado que, no contexto das últimas sanções dos EUA contra a indústria petrolífera russa, a China começou a procurar novos volumes de matérias-primas para entregas em Fevereiro. As grandes empresas estão a recorrer a fornecedores do Médio Oriente, África, América do Norte e do Sul para calcular quais deles podem compensar a perda significativa de volumes russos.