top of page
QuadernoNR.png

22 de abril de 2025

Bloomberg

A GUERRA COMERCIAL ENTRE OS EUA E A CHINA VAI DESTRUIR PARTE DA INDÚSTRIA QUÍMICA E DOS GÁS DA CHINA


A China pode interromper a produção de alguns plásticos devido à escassez de etano, uma vez que quase todo o etileno é fornecido à China pelos Estados Unidos.


As fábricas de plásticos chinesas que utilizam etano americano correm o risco de encerramento, noticia a Bloomberg.


O maior produtor mundial de plásticos obtém quase todo o seu etano dos Estados Unidos, dizem os analistas. As tarifas sobre os produtos americanos farão com que as fábricas que não conseguem processar outras matérias-primas sofram perdas económicas. "A situação das refinarias de etano chinesas é terrível porque não têm alternativas ao fornecimento dos EUA. Se não obtiverem incentivos tarifários, poderão ter de interromper a produção ou mesmo paralisá-la", disse Manish Sejwal, analista da Rystad Energy AS, à Bloomberg.


A JLC International acredita que a produção nacional de etano da China não será capaz de colmatar esta lacuna: em 2024, o país produzirá cerca de 120 mil toneladas deste gás.


A maioria das fábricas petroquímicas da China utiliza a nafta como matéria-prima. Mas também há quem utilize apenas etano como matéria-prima, embora represente menos de 10% do volume total (cerca de 4 milhões de toneladas), segundo a Rystad.


De acordo com dados do Departamento de Energia dos EUA, a China é o maior comprador de etano americano.


O mercado do etano é caracterizado por contratos de longo prazo e as possibilidades de revenda de carga no mercado spot são limitadas, disse a Rystad. Isto dificulta a obtenção da China de fornecimentos alternativos de fontes não americanas.


De acordo com a Rystad, se fosse imposta uma tarifa de 125%, as refinarias perderiam 184 dólares em cada tonelada de etano dos EUA. Este valor deve ser comparado com o lucro de mais de 100 dólares que teriam obtido se não existissem tarifas.

bottom of page