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26 de fevereiro de 2025

Bloomberg

O CATAR PODERIA ENCONTRAR-SE COM GNL NÃO VENDIDO: CHINA E ÍNDIA PEDEM DESCONTOS

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O Qatar planeia quase duplicar as suas exportações de GNL em cinco anos. No entanto, um dos maiores fornecedores mundiais de gás natural liquefeito tem enfrentado exigências de compradores da Índia e da China para reduzir os preços do gás e tornar os termos de fornecimento de gás mais acessíveis.


“Os funcionários da empresa estatal Qatar Energy reuniram-se com empresas chinesas no início deste mês e propuseram acordos de fornecimento para pelo menos 10 anos a preços próximos de 13% do preço de referência do petróleo Brent (atualmente 340-350 dólares por mil metros cúbicos)”, noticiou a Bloomberg, citando fontes.


Interlocutores da agência disseram que, em resposta, os compradores insistem noutras fórmulas de preços: Brent a 12%.


"A insistência do Qatar em que os contratos contenham termos rígidos, como portos de entrega limitados, torna os negócios ainda mais onerosos para os compradores. Ao mesmo tempo, a falta de contratos de longo prazo pode levar a um excesso de GNL não vendido no Qatar, forçando o país a vender o combustível no mercado spot, possivelmente com desconto. "Embora isto seja uma boa notícia para os consumidores que lutam com preços elevados, pode prejudicar os lucros do Qatar", continua a Bloomberg.


A agência observou que, ao contrário dos projetos de exportação americanos, o Qatar conclui acordos de longo prazo principalmente como uma percentagem do preço do petróleo. Isto vem acontecendo desde a década de 1970.


O Qatar planeia quase duplicar a sua produção de GNL até 2030, de 77 milhões de toneladas para 142 milhões de toneladas.


A Sinopec e a PetroChina da China já assinaram acordos de longo prazo com Doha em 2022 e 2023, mas o Qatar ainda precisa de mais compradores.


“Os compradores indianos também estão a pedir ao Qatar que reduza os preços antes de fechar novos negócios, enquanto o Paquistão planeia pedir cortes de preços quando o seu contrato for renegociado no próximo ano”, acrescentou a Bloomberg.


Para o Qatar, a situação é agravada pelo facto de as empresas chinesas já terem assinado contratos excessivos e ainda não necessitarem de GNL adicional.

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